Quem é o melhor tenista de toda a história? Muitos podem apostar em Federer, outros em Pete Sampras e outros em McEnroe, mas e se eles pudessem se enfrentar no melhor momento esportivo de suas vidas? Isso é o que esta IA nos permite fazer.
Brincando de ser um deus do tênis
pesquisadores da Universidade de Stanford criaram uma inteligência artificial capaz de gerar partidas de Wimbledon com a ajuda de recursos de imagem registrados em anos anteriores. Graças a isso, o sistema (chamado Vid2Player) é capaz de emular partidas, permitindo enfrentar jogadores que nunca o fizeram no torneio, e até podendo mudar o curso da história levando a bola por dentro do capo em pontos que significavam o tempo integral.
A inteligência artificial foi treinada para que, com o auxílio de todo o material gráfico obtido nas transmissões, seja possível criar um modelo estatístico encarregado de prever os movimentos e golpes de determinados jogadores em situações aleatórias.
Assim, por exemplo, eles emularam uma partida entre Roger Federer e Serena Williams no verde de Londres, algo que nunca aconteceu e que no vídeo dá para ver que acontece de forma bastante realista (deixando de lado a qualidade gráfica do sprite de Serena).
Tudo é baseado em estatísticas
No final, somos apenas um número simples. O sistema é baseado na forma como cada tenista joga, prevendo estatisticamente que tipo de golpe e direção ele aplicará à bola. E não só isso, pois também colocará o jogador em campo de acordo com sua forma de jogar, mais perto ou mais longe da rede de acordo com o perfil de cada um, e até mesmo retornará a bola de acordo com sua forma de jogar.
O que aconteceria com Federer jogando contra si mesmo? Isso é exatamente o que essa tecnologia nos oferece. E se pudéssemos definir para onde direcionar a bola? Esta última ideia obviamente nos faz pensar em um videogame que nos permite ter o controle dos jogadores no mais puro Virtua Tennis estilo. É algo que ainda não foi considerado seriamente, mas que sem dúvida pareceria uma aplicação extremamente interessante e que teria sucesso.
Ainda há muito a ser melhorado
Mas, como comentamos anteriormente, visualmente não é perfeito, e o sistema retorna erros visuais que distraem demais e quebram a barreira do real e do simulado. De qualquer forma, isso se deve simplesmente à maneira como as imagens originais foram capturadas, então com a ajuda de condições controladas os resultados poderiam ser infinitamente superiores, e não pareceria um velho jogo cinematográfico do qual pudemos testar alguns na época do Laser-Disc.